Como os ensinamentos sobre persuasão de 2 mil anos atrás podem mudar sua carreira

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Você sabe qual a principal moeda de troca do século XXI?

IDEIAS.

Da mesma forma que nosso conhecimento econômico evoluiu da agricultura para a indústria, hoje a nossa força está na capacidade de convencermos as pessoas a executar ideias, ou melhor dizendo, persuadi-las.

Pense nas interações que fazemos diariamente:

– Candidatos a vagas de emprego tem de persuadir os recrutadores a contratá-los;

– Políticos tentam persuadir as pessoas para conseguir seus votos;

– Líderes têm que persuadir seus liderados sobre a viabilidade de um novo projeto;

– Vendedores persuadem os clientes a comprarem seus produtos;

– Empresários persuadem investidores a apoiarem seus negócios.

E a lista continua…

Warren Buffet, investidor bilionário e filantropo norte americano, valoriza tanto a arte de persuasão que o único diploma que ostenta na parede de seu escritório é um Certificado de Oratória do curso da Dale Carnegie. Ele, inclusive, chegou a dizer para estudantes do curso de administração de empresas que melhorar sua habilidade de comunicação aumentaria seu valor profissional em 50% instantaneamente!

O mais interessante disso tudo, é o fato de que Aristóteles, há dois mil anos, já dava aulas de retórica para importantes figuras de sua época, suas ideias foram utilizadas pelos maiores comunicadores do mundo para construir alguns dos mais poderosos discursos e apresentações e continuam sendo atuais, simplesmente porque os tempos podem ter mudado, mas o funcionamento do cérebro humano continua sendo o mesmo!

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Por isso, quis compartilhar com vocês os principais conselhos deixados pelo famoso filósofo para sermos mais persuasivos e obtermos sucesso ao vender nossas ideias em nossos respectivos mercados de atuação, estejam eles dentro das organizações, ou em seu próprio empreendimento:

1.      ETHOS OU “CARÁTER”

Você já teve a oportunidade de assistir o advogado de direitos humanos Bryan Stenvenson no TED Talks? Em sua palestra, ele fala sobre a reforma do sistema judiciário norte americano, e inicia dizendo o seguinte (tradução livre):

“Eu passo a maior parte do meu tempo em presídios, cadeias e no corredor da morte. Eu passo a maior parte do meu tempo em comunidades pobres em projeto e lugares em que há muita desesperança”.

E continua nessa linha.

Em nenhum momento durante toda a sua fala ele menciona suas conquistas, formações, certificações e premiações, nada daquilo que normalmente encontramos como informações curriculares.

Ao mostrar a forma como se compromete com o bem-estar dos outros, ele constrói sua credibilidade e demonstra seu caráter para uma audiência formada por pessoas que não o conhecem, estabelecendo um relacionamento de confiança com esses ouvintes.

Aristóteles dizia que se seus atos não confirmam suas palavras, então você perderá credibilidade, pois enfraquecerá seus argumentos. Nosso cérebro está programado para procurar motivos para acreditarmos nas outras pessoas e isso acontece de forma rápida, por isso as primeiras impressões formadas sobre seu caráter são tão importantes.

Assista à palestra de Ryan Stevenson clicando aqui.

2.      LOGOS OU “RAZÃO”

Uma vez que você tem o Ethos, deve mostrar às pessoas por que elas deveriam abraçar sua ideia. Se você está falando sobre como é possível ter um aumento de renda, por exemplo, mostre qual o passo a passo desse processo. Use dados, evidências, e fatos para construir argumentos racionais.

3.      PATHOS OU “EMOÇÃO”

As pessoas ‘agem’ e ‘reagem’ de acordo com o que o palestrante as faz sentir. Aristóteles dizia que a persuasão não acontece sem emoção e que a melhor maneira de transferir essa emoção de um para o outro é utilizando o (atualmente) tão falado storytelling.

Estudos comprovam que as narrativas provocam uma onda de ocitocina em nosso cérebro, neuroquímico que conecta as pessoas em um nível emocional.

O curador do TED Talks, Chris Anderson, explica que as histórias que geram mais conexão são as histórias pessoais ou sobre pessoas próximas a nós, pois quando contadas de forma autêntica, as pessoas conseguem se relacionar com elas.

4.      METÁFORA

Se você é a pessoa que só ouviu falar sobre metáforas na época do colégio para passar nas provas de língua portuguesa, sugiro que aprofunde seu conhecimento sobre este tópico, pois como Aristóteles costumava afirmar, a metáfora confere à língua beleza verbal.

Ao utilizar uma metáfora ou uma analogia para explicar um novo conceito para a sua audiência, elas clarificam a ideia, tornando- a mais concreta.

Warren Buffet é um grande fã de metáforas e, inclusive, é conhecido por utilizá-las amplamente para explicar as atividades do mercado financeiro.

Em 2017, por exemplo, em seu discurso anual em Berkshire Hathaway disse que “o crescimento das despesas com saúde é a tênia da economia americana”. Esse foi o modo que ele encontrou de descrever, de forma simples, que um sério problema estava corroendo a base do sistema econômico norte-americano. Todos entenderam sua mensagem e até a mídia acabou adotando o termo.

Quando você utiliza metáforas você é capaz de transformar palavras em imagens, o que não apenas ajuda a plateia a entender sua ideia, mas a gravá-la mais facilmente para conseguir repassar para outras pessoas.

5.      CONCISÃO

Aristóteles já havia percebido, naquela época, que o ser humano possui um limite de absorção de informações. Por isso, quando se trata de persuasão, o menos é mais!

O filósofo nos ensina que um argumento deve ser expressado com a menor quantidade possível de palavras, e que todo discurso deve começar com o ponto mais importante, para prender a atenção do ouvinte.

A persuasão é uma arte que pode ser aprendida. Não caia no conto de que você “não tem o perfil” ou “não nasceu” para isso. Aqui, estamos falando de aprendizado e prática.

A classe política na antiga Grécia queria manter a fórmula da comunicação de Aristóteles um segredo para as grandes massas, pois acreditavam que divulgá-las ameaçaria seu poder, mas Aristóteles acreditava que que o uso de elementos da retórica na comunicação falada ou escrita era capaz de gerar mudanças de perspectivas, desencadear o potencial humano e maximizar a felicidade, afirmação com a qual não tenho como discordar.

Palavras e ideias moldaram o mundo moderno e têm o potencial de alavancar sua carreira e sua vida, desde que você consiga persuadir as pessoas a entender seu valor.

10 livros escritos por mulheres que marcaram a minha vida

 

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Que tipo de pessoa você é: aquela que gosta de ler ficção ou aquela que aprecia apenas não-ficção?

Apesar de gostar de variar minha leitura é muito mais focada em não-ficção e, quando leio ficção, a história geralmente tem um fundo bastante realista, narrando a trajetória de personagens que poderiam facilmente ser pessoas que poderíamos conhecer na vida real.

Eu optei por trabalhar com desenvolvimento humano justamente porque sempre tive um grande interesse em estudar o comportamento das pessoas, amo a imensidão da diversidade e acredito que isso é o que torna o mundo a nossa volta tão interessante!

Alguns dos livros que trazem essas características marcaram a minha vida e, coincidentemente, foram escritos por mulheres, algumas mais conhecidas, outras menos, mas todas trazem um conteúdo incrível de aprendizado e reflexão.

Independente do tipo de leitor que você é, vale a pena conferir esses títulos, seja para se aprofundar algum assunto, para ampliar suas perspectivas ou simplesmente diversificar sua leitura.

Seja como for, leitura é conhecimento e conhecimento NUNCA É DEMAIS!

Destaque para o fato de que quando terminei esta lista percebi que ela é quase uma volta ao mundo, pois traz autoras do Brasil, Estados Unidos, África, e até Coréia do Sul! Além disso, os livros não seguem uma ordem de preferência, mas cronológica:

1.      CLARICE LISPECTOR – A HORA DA ESTRELA

É o último romance escrito por Clarice Lispector, eu o li pela primeira vez quando estava no ensino médio e fiquei meio obcecada pela história de Macabéa, alagoana de 19 anos que vai morar com uma tia no Rio de Janeiro. A riqueza com que Clarice descreve os personagens e narra os sofrimentos tão reais da jovem me tocaram fundo: órfã, pobre, maltratada, inocente, o livro aborda os sonhos, as manias e os conflitos internos da garota. Sempre atual, é uma história que nos faz refletir sobre a dura realidade de muitos brasileiros, a diferença (e indiferença) entre classes sociais, as diferentes faces das pessoas e o que nos leva a tomar decisões questionáveis no dia a dia.

2.      XINRAN – CARTAS DE UMA MÃE CHINESA DESCONHECIDA

A jornalista Xinran conseguiu abordar de forma gentil e leve um tema que foi bastante polêmico na China por muitos anos: a política do filho único. Com uma narrativa simples, ela faz o leitor refletir e chorar em diversos momentos, pois expõe através de relatos dolorosos o desespero das mães que tiveram de abandonar ou matar suas filhas, ou acabaram se matando por ter de tomar essa decisão.

Xinran, que é muito popular em sua terra natal por dar voz às mulheres chinesas, permite através desse livro que o resto do mundo tenha um olhar mais claro e profundo dos impactos e resultados desastrosos que uma política governamental pode infligir ao seu povo.

3.      SHERYL SANDBERG – FAÇA ACONTECER

COO do Facebook e fundadora do movimento Lean in que oferece apoio profissional às mulheres de todo o mundo através de círculos sociais locais, Sheryl Sandeberg não se constrange em expor todas as situações discriminatórias que enfrentou durante sua carreira pelo simples fato de ser mulher. A leitora consegue se imaginar no lugar dela, enfrentando situações embaraçosas causadas por viés de gênero em diversos momentos, mas Sheryl tira as mulheres do canto da sala e as jogam no centro das discussões dentro das organizações. Para os leitores do sexo masculino, fica a conscientização sobre como esse tipo de discriminação impacta os ambientes de trabalho como um todo e o que pode ser feito para que isso não aconteça.

4.      CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE – SEJAMOS TODOS FEMINISTAS

Um pequeno livro que passa uma mensagem poderosa, Sejamos Todos Feministas é uma adaptação da palestra de Chimamanda no TEDx Euston, em que conta um pouco da sua história, sobre quando ouviu a palavra “feminista” pela primeira vez e o impacto que isso causou em sua vida. Esse livro me deu uma nova perspectiva sobre a forma como as pessoas encaram a igualdade entre homens e mulheres em outros cantos do mundo. Leitura fluida, gostosa e rápida. Vale a pena conferir.

5.      J.K. ROWLING – MORTE SÚBITA

Primeiro livro lançado pela autora após finalizar a saga Harry Potter, surpreende o leitor desavisado que não encontrará nenhum traço de magia nessa história. Ambientado em uma pequena (e não muito pacata) cidade inglesa, o livro mostra os valores conservadores dos moradores de classe média do local caírem por terra quando as verdades sobre os membros da sociedade começam a vir à tona. J.K. Rowling faz uma crítica social inteligente, que constrói em torno da polêmica do enredo principal. A narrativa é feita em terceira pessoa, envolve muitos personagens, é longa e cheia de elementos descritivos bem ao estilo da autora, que eu, particularmente, gosto. Mas é importante avisar que esse livro, ao contrário da saga que a fez famosa, não agrada gregos e troianos.

6.      LEE BAY YOUNG – WOMEN IN KOREAN HISTORY

Minha irmã comprou esse livro quando esteve na Coréia do Sul, alguns anos atrás. É claro que ele imediatamente me atraiu pelo fato de contar um pouco da história e da cultura coreana (da qual sou descendente), e mais ainda por focar na vida das mulheres através das dinastias, principalmente a de Joseon, que fora construída sobre ideais confucionistas que marginalizaram e diminuíram o papel e a importância das mulheres da sociedade coreana do século 18.

A narrativa aborda desde a vida de rainhas ousadas, que detinham o poder e reinavam nos bastidores, até a vida de mulheres simples e reprimidas, que chegavam a decepar o próprio braço se encostassem em um homem, para manter a honra de sua família.

7.      TILAR MAZZEO – A VIÚVA CLIQUOT

Por estar investindo em minha formação como sommelier sou suspeita para falar sobre esse livro, mas ele me surpreendeu de forma muito positiva. Tilar Mazzeo fez um trabalho de mestre destrinchando os poucos documentos que foi possível encontrar sobre Nicole Marie Cliquot, a viúva Cliquot, que transformou o pequeno negócio de vinhos da família em um império após a morte precoce de seu marido no século 19.

Em uma época em que “lugar de mulher era dentro de casa cuidando dos filhos”, Nicole ignorou todas as regras que limitavam a atuação das mulheres, teve apenas uma filha, tomou a frente dos negócios através do aprendizado que seu pai lhe passou, criou a técnica de remuage para fabricação de vinhos espumantes e tornou-se uma das pessoas mais ricas da França.

8.      MICHELLE OBAMA – MINHA HISTÓRIA

Admiradores ou não do casal Obama, essa autobiografia traz informações interessantes sobre os bastidores da política nos Estados Unidos, nos dá um vislumbre do que é viver na imensa Casa Branca, e conta, sob a perspectiva de Michelle, como era a vida das pessoas negras em Chicago nas décadas de 60 e 70. No livro, ela também aborda de forma aberta sobre tudo que pavimentou seu caminho para chegar à Universidade de Harvard, dos valores de sua família, e até da popularidade do seu irmão, que até hoje é seu melhor amigo. Em minha opinião, leitura imperdível.

9.      MELANIA GATES – O MOMENTO DE VOAR

Livro curto, conciso, direto e fluido. Sua leitura nos delicia e impressiona ao mesmo tempo. Melania não tem vergonha de falar sobre seus privilégios, e contar como a vida das pessoas que conheceu viajando por países pobres a chocou e a levou a mudar os rumos de atuação da Instituição que mantém com o marido, Bill Gates. Esse livro mudou a percepção que eu tinha do famoso casal.

10.  RUPI KAUR – OUTROS JEITOS DE USAR A BOCA

E, para terminar, um livro de poesia! Sei que esse gênero narrativo não é o mais apreciado pelas pessoas em geral, mas Rupi o utiliza como ferramenta para passar sua mensagem de vida, sofrimento, feminismo e empoderamento de forma impactante e leve. Através da poesia ela conseguiu transmitir tudo o que guardava dentro de si e conquistou a posição de um dos livros mais lidos do The New Your Times.

E ai, qual deles vai entrar para a sua lista de leituras deste ano?

7 dicas para as futuras mamães arrasarem no planejamento financeiro

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Eu e a minha irmã mais nova, Karina, temos um ano e meio de diferença uma da outra e, apesar de termos personalidades totalmente opostas, ela sempre foi o yin para o meu yang.

Eu sempre rio quando me lembro de uma história que minha mãe nos contou sobre quando éramos crianças: nós duas estávamos com nossos pais em uma loja de brinquedos e deveríamos escolher um presente cada, de dia das crianças, eu escolhi um boneca cheia de enfeites, que falava, andava e acontecia, e a Ka escolheu um telefone de plástico, simples, que não tinha teclas, não emitia um som, não fazia nada, enfim…deu para entender a diferença, certo?!

Ela foi minha sócia por 7 anos, e após o hiato de um ano, decidimos fazer uma parceria, mas desta vez na forma de artigo. Este artigo!

A ideia surgiu em uma de nossas conversas, em que me contava sobre as dificuldades e as dúvidas que ela tem enfrentado desde que descobriu que estava grávida (no final do ano passado), e como ela e o companheiro têm se organizado desde então para a chegada do bebê. É misto de euforia, alegria e preocupação…muita preocupação, principalmente financeira.

A Karina e o Daniel, pai do meu sobrinho, são assessores de investimento, então, para eles, montar um planejamento financeiro não foi tão complicado como normalmente é para a maioria das pessoas, por isso, achamos que seria interessante compartilhar algumas dicas com vocês!

As dicas que a Ka escolheu foram baseadas na experiência pessoal DELA, e como profissional da área financeira, ela pontuou o que acha importante que as futuras mamães e papais saibam enquanto aguardam a chegada da cegonha. Portanto, leiam as dicas com calma e veja o que faz sentido para VOCÊ e SUA FAMÍLIA!

E para que elas se tornassem realmente imbatíveis, acrescentei algumas dicas de comportamento e inteligência emocional, que vão ajudá-los a manter o equilíbrio necessário para enfrentar essa fase cheia de emoções com mais tranquilidade.

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Bom, vamos às DICAS:

1.      INICIALMENTE, NÃO FAÇA NADA: Não, isso não é uma brincadeira de mal gosto. A questão é a seguinte: não inicie nada ou tome qualquer decisão enquanto estiver em um estado emocional intenso. É possível que, com a notícia de que a família irá aumentar, você se sinta feliz, angustiada, preocupada, nervosa, tudo ao mesmo tempo, é uma enxurrada de emoções, e esse é o PIOR momento para mexer um palito. Então, deixe as emoções se acalmarem primeiro e depois inicie seu PLANEJAMENTO.

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2.      COMECE A POUPAR: Sim, básico. Para alguns, o óbvio ululante. Mas a maioria dos brasileiros ainda não tem esse hábito. O ideal mesmo é começar a fazer sua reserva financeira antes de pensar em estender a família, pois imprevistos sempre acontecem! Mas se esse não é o seu caso, comece a poupar AGORA, lembrando que as despesas começam a chegar antes mesmo do bebê nascer, com quarto, enxoval, roupas para gestantes, pré-natal e despesas hospitalares (para quem não tem plano de saúde), etc.

No caso da Ka, ela ainda teve de procurar um apartamento maior, se também é o seu caso, adicione uma possível mudança de moradia como um potencial gasto, e sua organização e foco para poupar terão de ser maiores.

3.      LISTE DESPESAS FUTURAS: Quais serão os seus gastos durante a gravidez, no parto e, posteriormente? Não deixe de considerar fatores que podem lhe parecem improváveis, que são difíceis de encarar, mas que podem acontecer, como uma depressão pós-parto, complicações decorrentes do parto, etc.

Faça uma planilha para gerenciar quanto está gastando, com o que está gastando, e faça uma estimativa de qual será o seu custo fixo mensal com a chegada do bebê.

Planilha- autoria Karina Choi

4.      CORTE DESPESAS SUPÉRFLUAS: pesquisas indicam que os gastos familiares aumentam cerca de 30% durante os preparativos para a chegada do novo membro da família, por este motivo, no curto prazo, é prudente eliminar os gastos que considera supérfluos.

A Ka, por exemplo, redirecionou o dinheiro que gastava com vinhos (ela é sommelier), eventos sociais que costumava frequentar e academia para outras demandas.

5.      REORGANIZE SUAS PRIORIDADES: Esse tópico está diretamente relacionado ao anterior. A dificuldade na organização de prioridades em sua mente acaba gerando distração, e isso pode atrapalhar todo o seu planejamento. Sua vida irá mudar drasticamente em diversos aspectos, por isso, neste momento, é imprescindível manter o foco!

6.      INICIE O PLANEJAMENTO FINANCEIRO DO SEU FILHO(A): com o orçamento familiar organizado, (receitas e despesas), entenda qual é o melhor investimento que você pode fazer para o longo prazo, como uma previdência privada. Se estiver inseguro para tomar essa decisão, peça ajuda a uma assessoria especializada, alguns deles prestam consultoria sem custo algum.

7.      SEGURO DE VIDA: as pessoas que trabalham no regime de CLT costumam receber o seguro de vida como um benefício da empresa, mas se você tiver condições financeiras pense também em investir em um seguro de vida privado (esses seguros costumam ser caros), isso garantirá a escolaridade e conforto da criança, caso o pior aconteça (“bate 3 vezes na madeira”).

Além disso, os filhos crescem, fazem cursos, faculdade, viagens…É importante manter uma visão de longo prazo sobre essas novas despesas. Em um mundo dinâmico, vulnerável, cheio de instabilidades e incertezas, pense em garantir para você e sua família uma tranquilidade que poucos conseguem alcançar.

Dadas as dicas, gostaria de lembrá-las de que eu, Lúcia, e a Karina estamos à disposição para conversar com vocês e esclarecer quaisquer dúvidas que possam surgir!

Apesar de estarmos no mês em que se comemora o dia internacional das mulheres, é sempre importante lembrar que a troca de experiências é muito enriquecedora e que precisamos cultivar mais a SORORIDADE, principalmente nos momentos em que identificamos vulnerabilidade em nós mesmas, e na outra.

Nossas portas estão sempre abertas!

Desejamos a todas um bom planejamento e, se for o seu caso, uma boa hora!

Minha Transição de Carreira: quando a gente percebe que não está louca, mas que a vida é!

 

Se fossemos colocar a minha trajetória profissional em um gráfico ele seria mais ou menos assim:

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Quando eu estava prestando vestibular fui convencida de que deveria fazer a faculdade de Direito, porque sempre tive uma escrita muito boa, era ótima numa discussão e sempre defendi meus pontos de vista com bastante segurança e, além disso, o curso de direito “abre um leque de possibilidades”, como se isso fosse suficiente para definir toda a vida de uma pessoa.

Então, eu descartei a faculdade de arquitetura que eu havia considerado, porque amo desenhar, e a de odontologia, porque sempre fui fera em áreas biológicas.

A sociedade, naquela época, pregava que deveríamos fazer uma faculdade mais ‘clássica’, que nos desse mais segurança sobre nossas opções para o futuro e uma carreira promissora. E, apesar de não existir ainda, eu ficava me imaginando em um cenário exatamente como o da série Suits, que é o sonho de todo ‘projeto de advogado’ por aí.

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Quando a faculdade e a vida pós-faculdade não são exatamente o que você pensava

Posso dizer que foram 5 anos bem desgastantes, estudando matérias que não faziam sentido nenhum para mim, batendo perna de fórum em fórum, e sendo, muitas vezes, hostilizada por advogados recém-formados arrogantes.

Saindo da faculdade, fui trabalhar como consultora tributária em uma grande multinacional. Eu não amava o que eu fazia lá, mas gostava da empresa, dos meus colegas e do intenso aprendizado diário.

Eu trabalhava em um ritmo frenético, dormia pouco e vivia estressada. Em 2012, fui alocada para um projeto de outsourcing em uma grande varejista, para ajudá-los no gerenciamento dos processos judiciais tributários da empresa. Eu detestava o trabalho, e o clima organizacional era péssimo.

Fiquei ali durante alguns meses e, nesse período, fui apresentada ao meu futuro sócio, que fez a mim e minha irmã uma proposta para abrirmos uma empresa de importação de produtos médicos. Como sempre quisemos ter a nossa própria empresa, por acharmos que isso se resumia à flexibilidade e retorno financeiro (coitadas!), e eu estava infeliz no trabalho, não tive que pensar muito para tomar a minha decisão.

Não tome decisões quando estiver em um estado emocional negativo

Sem qualquer planejamento, larguei meu emprego e fui dedicar 100% do meu tempo ao nosso negócio. Nossos papéis eram bem definidos: eu cuidaria da parte jurídica e regulatória (Anvisa, Inmetro, etc), minha irmã da parte financeira e nosso sócio da área comercial que era, sem dúvidas, o seu forte.

O problema é que ninguém havia contado para nós (e cometemos o erro enorme de não nos informarmos adequadamente com antecedência) que o mercado de produtos médicos no Brasil não é apenas burocrático, é muito burocrático! Coloquei todas as minhas reservas financeiras na empresa para conseguir fazê-la girar enquanto não tínhamos nenhum produto em mãos, porque as aprovações dos registros de produtos pela Anvisa são muito demoradas.

O tempo passou, e essa rotina foi me desgastando, não apenas pela dificuldade de colocar os produtos no mercado, mas meu sócio estava perdendo o foco, se afastando cada vez mais da empresa (e, portanto, não vendendo como deveria) e eu e minha irmã sofríamos constantemente com o ceticismo por parte dos machistas de plantão no mercado. E posso afirmar para vocês que, quando se sofre esse tipo de discriminação constantemente, manter-se motivada torna-se uma tarefa bastante complexa.

Fiquei na empresa por 7 anos, trabalhando muito, aprendendo muito, mas fazendo tudo isso sem qualquer propósito. Em 2018 atingi o meu limite.

Decidimos mudar somente quando batemos no fundo do poço

É engraçado como conseguimos perceber quando um ciclo termina, a sensação chega a ser física, você realmente não consegue mais levar aquilo adiante e eu sabia que insistir e continuar seria uma decisão estúpida da minha parte, mas isso chegou a cruzar minha mente, porque “desistir” de uma empresa que você fundou é muito difícil, elas são como filhos para nós.

Coincidentemente, nesse mesmo período, estava enfrentando problemas pessoais intensos que, acumulados com os problemas que estávamos tendo na empresa, acabaram culminando em um colapso mental, e tive de levantar a mão e pedir ajuda.

Vendi minha quota parte e, em janeiro de 2019, terminei minha transição. A empresa já não estava mais sob minha responsabilidade. Eu e minha irmã demos as mãos e encaramos esse momento de nossas vidas juntas.

A partir daí…branco total. Eu não tinha a menor ideia do que iria fazer da minha vida. Mas uma certeza eu tinha: iria trabalhar com algo que me trouxesse o mínimo de satisfação, um senso de propósito, de estar fazendo a diferença para alguém nesse mundo!

Decidi que queria trabalhar com pessoas. Eu já estudava temas relacionados ao desenvolvimento pessoal e inteligência emocional há algum tempo e vi como isso foi benéfico para mim, porque me ajudou a enxergar quem eu realmente era, e aonde eu queria chegar como ser-humano e profissional. Minha primeira opção era entrar no mercado como headhunter (sim, decidir voltar ao mercado também não foi fácil) para conseguir aproveitar meus anos de experiência profissional, e comecei a enviar meu currículo para as empresas.

Nesse meio tempo, fui fazer minha certificação como Life Coach, pensando no conhecimento que isso agregaria para minha futura profissão. Então, o inesperado aconteceu: eu simplesmente me apaixonei pelo ofício no primeiro dia de curso e tinha certeza, dentro de mim (sim, podemos dizer que foi uma combinação de intuição com razão) que iria exercer aquela atividade a partir de então.

Em 2019, dediquei-me quase exclusivamente aos estudos e alcancei a certificação como Master Coach pela SLAC – Sociedade Latino Americana de Coaching. Fiz muitos atendimentos de coaching gratuitos e sabia que conseguiria fazer isso pelo resto da minha vida, para mim, todo esse processo fluiu organicamente.

Nessa época, também redescobri meu amor pela escrita, respirei fundo, superei o meu medo de exposição e publiquei meu primeiro artigo no LinkedIn em abril de 2019. A partir daí, passei a dedicar um pouco mais do meu tempo à rede e, em poucas semanas, tornou-se a plataforma que eu mais acesso diariamente. Os textos que eu postava com intervalo de meses um do outro acabaram ganhando frequência semanal no final daquele ano, e hoje eu não consigo passar mais de dois dias sem produzir algum tipo de conteúdo.

Estou recomeçando, de novo, a minha carreira e sempre me pego pensando em como a vida nos conduz por caminhos inesperados, não importa o planejamento que você tenha para o seu futuro. E quando percebo que estou me ‘autoflagelando’ por ter “desperdiçado” tantos anos da minha vida com atividades que não me traziam alegria, penso que só cheguei até aqui justamente por ter passado por tudo isso, por ter acumulado toda essa experiência e por ter tido coragem de confrontar minha própria realidade, por mais dolorido que fosse, e assumir que eu precisava mudar o curso que minha vida tinha tomado.

Hoje, levanto-me da cama todos os dias sentindo a alegria de trabalhar com algo que faz sentido para mim, mesmo diante da incerteza de como será o dia de amanhã e sem carregar aquela pesada culpa de ter chegado aos 30 anos sem ter conquistado todas as coisas que eu imaginava que teria com essa idade (ou que me cobrava para ter com essa idade). E tudo bem!

Com o tempo, se olharmos de perto, percebemos que não somos tão pirados assim, mas que vida com certeza é muito louca, e devemos aprender a desfrutar dela em todas as suas formas!

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6 hábitos (inconscientes) que estão prejudicando a sua carreira

Você já parou para refletir no que faz todos os dias?

Você acorda, xinga o despertador, pega o celular, dá aquela conferida nas suas redes sociais favoritas, toma um banho, ‘engole’ seu café e vai para o trabalho. Chegando lá, deixa sua bolsa/mochila em cima da mesa, liga o computador, e vai pegar um café e trocar uma ideia com a colega. Você volta para sua mesa, checa seus e-mails pessoais, os de trabalho, e a rotina segue.

Acredite ou não, mas 95% dos pensamentos que temos durante um dia são automáticos. Você não precisa pensar para escovar os dentes, você simplesmente o faz, e isso acontece com tudo que incorporamos à nossa rotina!

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E uma vez na rotina, a ação vira hábito, e hábitos são muito difíceis de mudar. O tempo médio que as pessoas levam para conseguir modificar um comportamento é de 3 a 6 meses.

A boa notícia é que, com um trabalho de autoconsciência, é possível identificar quais são suas disfuncionalidades e adotar ações para excluí-las do seu dia a dia de trabalho.

Fiz uma lista dos seis comportamentos que mais prejudicam a carreira das pessoas quando não observados e gerenciados:

1.     EVITAR CONFLITOS: costumamos usar ferramentas como a fuga ou intimidação para mascarar inseguranças e evitar expor nossos medos, incertezas e erros.

Uma vez compreendida a origem e o motivo do conflito, se não souber por onde começar, procure conselhos de pessoas próximas sobre como enfrentar o problema. Você também pode utilizar-se da técnica de “experiência de referência”, e encenar a situação repetidas vezes em sua mente, dessa forma, você se sentirá menos desconfortável quando o conflito acontecer, pois seu cérebro entenderá que você já passou por um momento similar e saberá como agir.

Se estiver nervoso, comece apenas escrevendo seu plano.

É sempre melhor responder à situação direta e pessoalmente.

2.      IMPULSIVIDADE: esse hábito pode incluir respostas emocionais imprevisíveis, como raiva e frustração, o que pode gerar crises em relacionamentos e problemas de suporte e aceitação. Para evitar explosões emocionais, tente prever as consequências de antemão, fazendo-se perguntas como:

 Onde e quando é mais provável que falhe?

 Como isso será percebido por outras pessoas dentro e fora da organização?

 Que tipo de experiência eu quero criar para as pessoas que se comunicam comigo ou que estão sob a minha liderança?

Entenda quais são seus gatilhos, o que deseja mudar e faça uma lista de ações que pode adotar para evitar que tenha esse tipo de reação e, se tiver, o que você pode fazer para contorná-la.

Dei uma dica bastante simples do que pode ser feito nesse tipo de situação neste vídeo.

3.      TERCEIRIZAÇÃO DA CULPA: esse é o problema mais comum identificado por profissionais nas organizações, e é um dos principais elementos que atrapalham a resolução de problemas.

Para quebrar esse hábito, analise as situações que possibilitam que isso aconteça:

– Você/sua equipe “fizeram tudo o que puderam” e, portanto, não são responsáveis pelo resultado;

– Você/sua equipe são impotentes e, como vocês não tinham controle sobre a situação, não merecem a culpa; ou

– As outras pessoas são más, ruins ou dignas de culpa.

Não tenha medo de abraçar sua responsabilidade, assuma-a! Aprenda com seus erros, reconheça os seus limites e questione-se sobre o que pode ser feito com o controle e a influência que você possui.

4.      MANIA DE CONTROLE: isso pode ser visto pelas outras pessoas como microgerenciamento, o que gera desmotivação.

Se você tem esse hábito, considere fazer acompanhamentos espaçados para receber atualizações, compartilhe metas e métricas e ofereça conselhos enquanto capacita sua equipe. Comunique-se mais e faça alinhamentos para diminuir o controle.

Entenda que os resultados não são apenas seus, são de toda a equipe. 

5.      PERFECCIONISMO: você já deve ter ouvido falar que não se deve mencionar o perfeccionismo como “defeito” nas entrevistas de emprego. A ironia está no fato de que ele pode, sim, ser um problema! E pode atrapalhar muito a sua produtividade, da sua equipe e da sua empresa.

Se você busca por perfeição o tempo todo acaba perdendo prazos e oportunidades. Concentre-se em, por exemplo, confirmar padrões de trabalho com seus colegas, busque feedback sobre os resultados, custos e prazos.

Pergunte-se como o perfeccionismo afeta seus relacionamentos.

Você está estabelecendo padrões irreais para aqueles que o rodeiam?

6.      FOME DE PODER: os adeptos da gestão de comando e controle tendem a tomar decisões rápidas, unilaterais e alienar as pessoas ao seu redor, o que pode sobrecarregar a equipe.

Para evitar que isso aconteça, implemente medidas de responsabilização, pois a falta de responsabilidade cria um ambiente favorável para esse tipo de atitude. Para cada promessa feita, certifique-se de que ela poderá ser cumprida. Para cada decisão que tomar, forneça evidências e um plano.

Foque em conquistar (ou reconquistar) a confiança das pessoas.

Lembre-se de que essa lista não é taxativa.

Utilize-a como base para avaliar a forma como tem se comportado em seu ambiente de trabalho. Gere uma consciência sobre o que você faz, por que o faz, se isso está lhe beneficiando ou prejudicando. Esse é o primeiro passo para adoção de hábitos que contribuam com o desenvolvimento de sua carreira.